sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

2ª Parte da One-shot... Enjoy! :)

Capítulo 2    
   
          Yet, yet, yet, no, no (Ainda, ainda, ainda, não, não)
Yet, yet, yet, no, no (Ainda, ainda, ainda, não, não)
Yet, yet, yet, no, no (Ainda, ainda, ainda, não, não)
Yet, yet, yet, no, no (Ainda, ainda, ainda, não, não)


Eu fiquei chocado. Não pude deixar de perguntar. “Que diabos isso significa?”
Eu já não estava entendendo mais nada. Ela realmente queria me dizer o que eu estava sentindo? O que eu sentia por ela? Ela acreditava que o que eu sentia por ela era falso? Falso como o que ela sentia por mim? Eu não podia acreditar no que eu estava ouvindo! E ela continuou.
Só o fato de você ter perguntado isso diz tudo. Quando você encontrar
aquela pessoa…Você saberá. “E eu sei que isso soa como uma outra linha de separação de merda, mas eu realmente gostaria de ser
sua amiga.”
Eu não podia mesmo acreditar no que eu estava ouvindo. Fiquei olhando para ela sem poder falar o que eu queria. Ela estava louca? Como ela poderia sequer sugerir que eu continuasse como seu amigo, depois de tudo o que ela fez comigo? Ela só poderia estar louca mesmo. Completamente ensandecida. Eu acabei rindo. A cara dela era incrível! Nunca vi na minha vida, nunca conheci uma pessoa tão cínica, tão... Argh! Nem sei dizer o que eu via na cara dela. Ela estava falando sério e eu não podia acreditar naquilo.
Você sabe o que é ótimo? Tua seriedade. Olhe para seu rosto. Você realmente acha que isso é tão fácil, que eu possa sentar aqui e ver o seu final feliz?! Que eu posso ver você conseguir tudo que você quer... Como
você vive a sua vida encantada?!” Eu não sei bem porque, mas ela ficou realmente indignada com o que eu disse.
Encantada!” Eu pude ver nessa hora que eu a tinha afetado de alguma forma. Li em sua aura a culpa e compaixão em conflito dentro dela. Ela estava com raiva e parecia que estava agora com raiva de mim. Do que eu disse a ela. Mas ela tentou disfarçar.
Dificilmente. Você sabe o que eu tive de passar no ano passado?” Eu sabia o que ela quis dizer. A morte de seu amigo Mason, acho que esse era o nome dele, a luta na Academia, a sua captura por strigois na Rússia, embora isso ela tenha procurado por si só, depois a prisão e sua quase morte. Mas a minha dor era ainda maior, porque ela estava tendo o seu FINAL FELIZ à custa da minha dor.
E ainda, você está aqui, triunfante depois de tudo isso. Você sobreviveu à morte e libertou-se do vínculo. Lissa é rainha. Você tem o seu cara e viverá feliz para sempre.”


Never made it as a wise man (Nunca me dei bem sendo um sábio)
I couldn’t cut it as a poor man stealing (Também não daria certo sendo um pobre roubando)
And this is how you remind me (E é assim que você me lembra)
This is how you remind me (É assim que você me lembra)
This is how you remind me (É assim que você me lembra)
Of what I really am (Do que eu realmente sou)
This is how you remind me (É assim que você me lembra)
Of what I really am (Do que eu realmente sou)


Ela ficou de costas para mim, acho que para evitar as lágrimas de crocodilo, mas eu ainda tinha a sua aura. Ela disse:
Adrian, o que você quer que eu diga? Eu posso sempre pedir desculpas,
mas não há nada mais que eu possa fazer aqui. Eu nunca quis te machucar, eu não posso dizer que é suficiente. Mas o resto? Você realmente espera que eu esteja triste com tudo o resto ter dado certo? Devo desejar ser ainda acusada de assassinato?” Eu fiquei perplexo. Ela achava que eu queria o seu mal, se o que eu sempre quis foi fazê-la feliz.
Não. Eu não quero que você sofra. Não mesmo, mas a próxima vez que você estiver na cama com Belikov, pare um instante e lembre-se que nem todos se deram tão bem quanto você.”
Ela virou e me olhou nos olhos. “Adrian, eu nunca…” Eu tinha que dizer. Ela precisava ouvir por cima de quantas pessoas ela passou para ter a sua felicidade. Será que depois de ter consciência disso ela realmente seria feliz? Porque eu, naquele instante, queria vê-la tão ferida, tão infeliz quanto eu estava. Só para ela sentir um pouco da dor que ela estava me causando e queria que ela tivesse consciência de que nem tudo se resume nela e naquele maldito Belikov!
Não só eu, pequena dhampir. Deve haver um monte de danos colaterais ao longo do caminho, enquanto você lutou contra o mundo. Eu era uma vítima, obviamente. Mas e quanto às outras pessoas? Jill, a alquimista, Eddie, Victor...” Ela ficou tão ofendida que resolveu me atacar e, acredite, doeu. E muito. Ela disse.
Vítima. Essa é a diferença entre você e eu.”
Huh? Do que você está falando?” Eu lhe perguntei. Ela tinha que realmente me matar mais um pouquinho, mas como eu já estava acabado, não tinha problema, né?! Ela continuou.
Você disse que era uma vítima. É por isso… É por isso que, em última análise, eu e você não combinados. Apesar de tudo, isso foi o que aconteceu, eu nunca pensei em mim dessa forma. Ser vítima significa que você está impotente. Você não tem como agir. Sempre… Sempre eu tive de fazer
alguma coisa para lutar por mim… Pelos outros. Não importava o quê.”
Eu acho que nunca fui tão humilhado, tão ultrajado como naquele momento. Ela estava me chamando de inútil. Por que ela estava fazendo isso? Por que eu não sabia lutar como o maldito guardião dela? Por que o meu elemento não podia ou eu não havia descoberto uma forma de usá-lo ofensivamente? Por que eu realmente me sentia uma vítima sua, de sua traição, de seus conchavos?
Isso é o que você pensa de mim? Que eu sou preguiçoso? Impotente?”


It’s not like you to say sorry (Não é do seu feitio desculpar-se)
I was waiting on a different story (Eu estava esperando uma história diferente)
This time I’m mistaken (Dessa vez estou errado)
For handing you a heart worth breaking (Por entregar-lhe um coração digno de se partir)
And I’ve been wrong, I’ve been down (E estive errado, estive deprimido)
Been to the bottom of every bottle (Tentei afogar as mágoas na bebida)
These five words in my head (Estas cinco palavras gritam na minha cabeça)
Scream “are we having fun yet?” (Nós ainda estamos nos divertindo?)


Eu estava furioso com aquilo que ela me disse. Ela continuou. “Não. Eu acho que você é incrível. Eu acho que você é forte. Mas eu não acho que você percebeu - ou não aprendeu a usar nada disso.” Ela estava usando a técnica do – bate-assopra – humilha-elogia. Maldita Rose, eu já não queria ouvir mais nada.
Isso era a última coisa que eu esperava. Você destrói minha vida e depois me alimenta de inspiração filosófica. O contrato está nulo e sem efeito, já agora.” Eu não poderia ficar mais nem um minuto sequer olhando para ela. Para aquela cara cínica dela. Sentindo compaixão por mim, como se eu fosse um doente, um enfermo, um caso terminal de uma doença fatal.
Ela me chamou de inútil, de preguiçoso, de impotente! Ah! Isso eu não poderia perdoar! Nunca!
Se ela tivesse me pedido para perdoá-la pela traição e dito que me amava e que queria ficar comigo, eu nem pensaria em nada, eu aceitaria seu pedido de perdão. Eu a perdoaria. Eu a amava e se ela quisesse, eu fugiria com ela para Las Vegas, compraria uma bela aliança e nos casaríamos na capela mais piegas que ela quisesse, mas isso?! Nunca!
Eu tinha certeza que a minha vida tinha acabado naquele instante em que eu a vi, de mãos dadas com Dimitri naquele estacionamento. Tão cúmplices! Eu não queria mais viver. Tudo o que eu queria agora era sumir.
Peguei a estrada. Sai da corte, da proteção das wards. Eu queria correr com meu carro por uma rodovia até chegar a algum lugar desconhecido e começar uma nova vida... Mas não deu tempo, eu me choquei com uma árvore há poucos quilômetros depois, só escuridão.
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Silêncio!!!!
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Só o silêncio e a escuridão!!!!
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Quando eu tomei consciência de mim, eu estava perto dela. Rose. Eu passei as mãos pelo cabelo dela, mas ultrapassei, foi quando eu percebi que estava todo cheio de sangue. Eu estava morto!!!
Ela usava um vestido preto, estava linda, chorava e estava sozinha, ajoelhada debaixo da neve que caía, no memorial real da Corte. Ela olhava para uma lápide. Era a minha lápide. Ainda pude ver o que estava escrito. “Filho amado. Saudades. Ivashkov, Adrian. 1988/ 2010” Por um momento, ela olhou na minha direção e me viu. Ela chorou ainda mais e disse:
“ME PERDOE! POR FAVOR, ME PERDOE!”
Eu não podia perdoá-la. EU NÃO QUERIA! Só o que eu disse, depois de um enorme esforço para me manter ali foi:
“AGORA É TARDE DEMAIS!”
Eu queria que ela sofresse e ela iria sofrer por ter mais uma morte em suas mãos.


Yet, yet, yet, no, no (Ainda, ainda, ainda, não, não)
Yet, yet, yet, no, no (Ainda, ainda, ainda, não, não)
Yet, yet, yet, no, no (Ainda, ainda, ainda, não, não)
Yet, yet, yet, no, no (Ainda, ainda, ainda, não, não)